A essa altura, todos os que lerem esse review já devem
saber que esse filme é esquecível e fácil de desmerecer, mas é o que é, eu
gostaria muito de falar bem de algum filme dos X-Men, mas seria controverso
elogiar algo que não me agradou. Mesmo eu não sendo um especialista em X-Men
posso dizer que mesmo que [eu] fosse um grande fanático pelos mutantes da
Marvel, eu teria me desapontado do mesmo jeito.
O filme sofre vários déficits em ser profundo e
coerente, cometendo várias controversas, falta de profundidade e uma tremenda
falta de caráter em seus personagens. São 19 anos de uma franquia que nunca
aprendeu com os erros, e a cada filme falha exatamente onde sempre esteve
errando, não há nesse filme nenhum personagem que tenha individualidade, nem
carisma e quase sempre não acrescentam nada pra trama e só existem para formar
a equipe dos heróis mutantes.
A trama se passa nove anos após X-Men Apocalipse, mas
é uma coisa bem irrelevante e que, mesmo se o filme não nos contasse onde se
passa no tempo e no espaço, não faria a menor diferença, pois os personagens
não envelhecem nada e parece um time adolescente. Esse salto no tempo é enorme
e desnecessário, ainda mais quando se foi lançado apenas três anos após o filme
anterior (X-Men Apocalipse) e os atores jovens continuam... bem... jovens!
A Jean Grey é a atração principal do filme, só que...
não... O filme parece ser muito mais uma com uma perspectiva do Professor Xavier
e sua relação “afetiva” com a Jean, e as cenas em que Jean Grey é a principal
se resumem em expressões faciais forçadas, tramas que não levam a nada e um
suspense com nenhum mistério além da sua trilha sonora e muito CGI no final do
ato.
O Professor X se torna a pior atração do filme, ele se
tornou o maior farsante de todo o universo dos X-Men, o próprio nunca aparenta se
importar com o que está acontecendo a sua volta. Logo no começo do filme,
quando a Jean Absorve o poder da Fênix Negra, Xavier não se importa em sequer
saber o que aconteceu no espaço e se conforma com o cumprimento da missão de
resgate, o filme inteiro ele age como se estivesse tudo sob controle, até mesmo
quando um dos X-Men morre, ele não demonstra nenhuma sensibilidade.
Alias a morte da Mistica foi feita de uma maneira tão tosca e forçada que não causa nenhuma emoção nos espectadores, chega a ser bem ridículo. Mas a morte da personagem é um pilar para seguir a trama a diante e determina o destino de certos personagens, mas de uma maneira muito artificial e pouco convincente
Alias a morte da Mistica foi feita de uma maneira tão tosca e forçada que não causa nenhuma emoção nos espectadores, chega a ser bem ridículo. Mas a morte da personagem é um pilar para seguir a trama a diante e determina o destino de certos personagens, mas de uma maneira muito artificial e pouco convincente
Os outros personagens desse filme sequer tem tempo de
tela, o Mercúrio simplesmente desaparece no meio do filme e nunca mais retorna
em alguma cena, nem mesmo na batalha final ele reaparece, nem mesmo no
enceramento. Outro personagem muito mal aproveitado é o Ciclope que tem
diálogos que não querem dizer absolutamente nada, ou então a Tempestade que
quase não tem fala nenhuma. O Magneto também está presente nesse filme e ele
nunca se decide se quer tocar a vida pra frente, ser um vilão ou nenhum dos
dois, há momentos em que ele só quer viver a sua vida em paz, depois decide que
quer matar a Jean Grey, e em outra ocasião decide ajudar os X-Men e o Charles
Xavier.
É bizarro o jeito que os próprios personagens tratam
as pessoas que morrem das formas mais extravagantes possíveis. Todos os X-Men
parecem abalados com a morte da Mística durante a luta contra a Jean, mas
Charles Xavier parece ser o que menos se importa com isso, ele não demonstra
tristeza e nem mesmo culpa por tê-la deixado tentar convencer Jean Grey a voltar
para o instituto (Xavier) antes dela à matar por acidente. É, ele não demonstra
o mínimo de sentimento de luto, mas isso é extremamente contraditório se formos
levar em consideração a relação entre os dois nos filmes X-Men Primeira
Classe e X-Men Dias de um Futuro Esquecido. Nos filmes anteriores, é
explicito que a pessoa mais intima e próxima da Mística é o Charles Xavier!
Como se não fosse o bastante para o Professor Xavier
parecer insensível, temos outra controvérsia séria: A razão pela qual Jean Grey
está muito confusa é pelo seu passado que foi totalmente revirado pelo
Professor X que mentiu para Jean Grey a vida toda, fazendo a pobre moça
acreditar que seu pai havia falecido, mas, ele ainda está vivo!
Isso é tão odioso quanto é forçado e repetitivo, então
durante todos esses anos o Instituto Xavier sequestrou crianças apenas para
Xavier satisfazer seus próprios fins e conseguir fama? É o que parece! No
começo do filme é mostrado Charles aparecendo na televisão pomposo e se
engraçando para o publico e sempre convencido do potencial de seus amados
mutantes.
Outra cena catastrófica envolvendo morte, é a cena do
Noturno contra os alienígenas dentro do metrô. Ele fica triste pela morte de um
dos policiais que ele não salvou, então ele decide matar todo mundo que ele vê
pela frente, a sequencia dessa cena é estranha, ele mata todos os alienígenas violentamente
e o ultimo alien dizimado ele o mata com uma expressão facial psicótica.
Falando nos alienígenas, os D’Bari aparecem de repente
no meio do filme e nunca é explicado o que eles são, de onde vieram ou por que
vieram, eles não têm profundidade e nem tempo de tela, nós sabemos que eles [D'Bari] estão lá, mas nós
só saberemos a sua tramoia no final do filme, e não é nada muito misterioso ou
complicado de se explicar numa cena paralela.
Nada no filme tem alguma explicação séria, profundidade e nem foco, é tudo no piloto automático. É um filme que você assiste com os
amigos no final de semana e continua com a sua vida, é desleixado, monótono,
arrastado, insensato e principalmente um insulto ao material original.
Nota: 2/10
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